quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Amor - Capítulo 1: Como uma bola de espinho

Dia 11 de Julho de 2009, postei neste Blog, a seguinte frase: "As bolas de espinho podem ser manuseadas, mas jamais pressionadas.". Ok, já sabemos que é sobre o amor, mas calma. Você irá entender.

Senhores, para tal experiência, necessito que cada um abra a sua mente e esqueça os objetos mais óbvios para a materialização do amor. Esqueçam corações, cardioides, anjos, flechas... O amor é improvável, ele é inexplicável.

Então, vamos analisar o amor como sendo uma bola de espinho. Por que não?! Só porque não é um objeto que não se vê com frequência, não quer dizer que não possa ser utilizado para definir o maior de todos os sentimentos, correto?

Imaginemos um cidadão com inúmeros problemas em sua vida. Esquecido, desrespeitado, afrontado por tolos e bastardos, é uma pessoa sem rumo. Muitos inimigos o perseguem, muitos inimigos querem causar sofrimento a ele. Onde quer que vá, não consgue fugir dos perigos, das agressões, dos cuspes, de nada.

Esse cidadão começa a pensar que só mesmo uma arma muito forte conseguiria livrá-lo disto tudo. Percebeu então a presença de um objeto simples, porém muito útil. Uma bola de espinho.

O pobre cidadão, aos poucos, começava a entender melhor do que se tratava aquilo que tinha em mãos. Para quem via de fora, não parecia muita coisa, de fato, quantos usam bolas de espinho para se defender? Mas aí que está... quantos sabem usar uma bola de espinho para se defender?

Com o passar do tempo, as agressões iam dimunindo, a dignidade vinha retornando, o respeito ressurgia, um sorriso dominava. Aquele cidadão que antes se via fadado aos desprazeres da vida, surpreendentemente, de uma hora para outra, começou a sofrer uma reviravolta das mais prazerosas que o homem pode desejar. Era uma arma muito forte, de fato.

Ele então foi adquirindo confiança, muita confiança. Apertava com mais força, com mais vontade, com mais gana, a sua arma. Enlouqueceu. Mal ele conseguia perceber, embora todos dissessem, que suas mãos estavam repletas de sangue. Suas mãos não paravam de sangrar. Ele sequer percebeu. Foi vivendo, foi o tempo passando, até que então a dor se tornou a mais insuportável.

Sem perceber, já viu que não era mais capaz de manusear aquela bola de espinho. Aquilo que mais lhe passava confiança, agora está ao chão, causou-lhe dor, desilusão. O cidadão fica estático, sem chão, fica sem entender, fica sem saber para onde andar, para onde seguir. Que vida ele terá agora? Qual nova arma seria capaz de ter o mesmo efeito? Não tem! Ele não enxerga... não tem!

Mas será que a dor é menor do que a confiança, a ponto de que esse cidadão seja corajoso suficiente, para se ajoelhar e pegar novamente essa bola de espinho? Será que ele é capaz de confiar novamente nesta? Será que ele é capaz de cicatrizar as feridas e esquecê-las? Eu não sei.

Pois aí está uma definição de amor.

O amor nos traz uma sensação de alívio, nos traz um abrigo, nos traz uma renovação espiritual. Quando andamos mais desacreditados na vida, com mais problemas, surge alguém no seu caminho, surge um amor. Surge alguém para ser paralelo e coexistente contigo. Alguém que segure a sua mão e diz que irá seguir adiante custe o que custar.

Porém, o amor tem duas faces. Se não souber manuseá-lo, se não souber usar o amor a favor de si, você começará a errar. Não pode sufocá-lo. Ao passo que se você sufoca o amor, começa a pensar mais em si, do que em vós, ele vai começar a te causar feridas. E você nem vai perceber quando elas começarão. Ele age em silêncio.

E nem todos os corpos são capazes de cicatrizar as feridas. O amor também pode deixar sequelas, mas é do psicológico de cada um poder refletir e ver se é capaz de conviver com esse amor.

O amor precisa ser manuseado de maneira correta, de maneira justa, de maneira em ambas partes tenham decisão e poder, sem que um atropele o outro.

Se não, de forma tão surpreendente como começou, ele terminará. E como foi dito, deixa sequelas, traumas, feridas. Quantos seres são capaz de abdicar desta última frase e fingir que nada existiu? Tentar mais uma vez, tentar aprender a manusear o amor à todo custo?

Pois é... as bolas de espinho podem ser manuseadas, mas jamais pressionadas.

Um comentário:

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