terça-feira, 21 de julho de 2009

Contramão

Rotina é uma merda, é o que todos dizem. Mas contrariar ela, poucos fazem. Esse descompasso entre a ação e a reação, esse pragmatismo falho, é o que mais me interessa. Mas por quê?

Schopenhauer uma vez escreveu que o ser humano é, por excelência, um ser acima de tudo cauteloso. Preza pela segurança, não pela felicidade. Pode parecer besteira, mas é isso mesmo. Entre escolher cursar história ou direito, o adolescente escolhe, na maioria das vezes, direito, justamente por saber que a profissão lhe renderá melhores frutos financeiros. Mas, mais uma vez: por quê?

Se a gente for tomar uma perspectiva hobbesiana (ah vai, um pouco de esforço só), vemos que procuramos o estado de conservação como prioridade máxima de nossa existência. É isso; necessitamos, portanto, de segurança.

A rotina, por sua vez, nos oferece exatamente isso. É chata? Foda-se, é segura. E isso nos mantém afastados da mudança. A contramão, por mais persuasiva que possa parecer, é deletéria substancialmente para nós. E isso nos mantém afastados. Doido, não? Nem acho. Queria que fosse mais fácil.




Mas continuo achando que tenho que mudar minha vida.



Aliás, virou moda não postar mais? Que merda, vamo agitar aí!

Um comentário:

  1. Schopenhauer ? Hobbes ? Meu Deus, uma pessoa de tecnologicas não compreende muito bem isso ..

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